Foi recentemente publicada uma entrevista ao Reitor do Santuário de Fátima, Monsenhor Luciano Guerra, no Diário de Notícias 6 de Outubro, da qual apresentamos as seguintes passagens:
Jornalista – “Em todo o caso, na sua opinião, o que falta à Igreja em Portugal para evitar esse afastamento dos crentes?”
Monsenhor – “Tanto pode faltar à Igreja como a esses que se afastaram. Muito por culpa própria, porque se afastaram, para caminhos, enfim… para os caminhos do divórcio, da infidelidade, da corrupção…”
Jornalista – “Isso antigamente acontecia de igual modo. As pessoas eram talvez mais hipócritas…”
Monsenhor – “Mas hoje são ainda mais. Os divorciados passam por períodos imensos de hipocrisia antes de consumar o divórcio.”
Jornalista – “Havia vidas desgraçadas quando não existiam divórcios…”
Monsenhor – “Havia e hoje também há. E agora até há mais. No tempo em que não havia divórcios, havia situações bastante dolorosas, mas a pessoa resignava-se. A mulher dizia: calhou-me este homem, não tenho outra possibilidade, vou fazer o que posso. Ao passo que hoje as pessoas querem safar-se de uma situação e caiem noutras piores.”
Jornalista – “Na sua opinião, uma mulher que é agredida pelo marido deve manter o casamento ou divorciar-se?”
Monsenhor – “Depende do grau de agressão.”
Jornalista – “O que é isso do grau de agressão?”
Monsenhor – “Há o individuo que bate na mulher todas as semanas e há o individuo que dá um soco na mulher de três em três anos.”
Jornalista – “Então reformulo a questão: agressões pontuais justificam um divórcio?”
Monsenhor – “Eu, pelo menos, se estivesse na parte da mulher que tivesse um marido que a amava verdadeiramente no resto do tempo, achava que não. Evidentemente que era um abuso, mas não era um abuso de gravidade suficiente para deixar um homem que a amava.”
Sem comentários...
Monsenhor Luciano Guerra, Reitor do Santuário de Fátima; entrevista ao DN em 2007-10-06.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Socos de vez em quando
Publicada por
Milhafre Real
às
18:11
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